quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Uma questão de estatuto

Já não é primeira vez que na minha vida me vejo confrontada com esta questão dos estatutos, há para aí muitas pessoas que simplesmente se negam a determinadas tarefas.

São depreciativas para condição humana ou violam algum direito humano? Não.

No entanto a repugna perante tais tarefas/trabalhos parece de facto ofender as pessoas ao ponto destas se sentirem lesadas por sequer se falar no assunto.
No meu caso particular nem chateia assim tanto, isto porque de não se ter experiência é uma seca, somos postos a fazer coisas que apesar de não serem depreciativas para a nossa condição não deixam de dar um sabor de frustação técnico-profissional com a função que desempenhamos numa dada estrutura. É quase um desprezo pelas nossas capacidades, mas como se costuma dizer: quem espera sempre alcança. E a verdade é que daqui a uns tempos já não terei estes problemas…Lá nas terras do sol nascente não há tempo a perder com estas questões menores de estatutos.

Continuando, este assunto a mim nem chateia assim muito, nunca me negaria a fazer algo, a não ser e isso implicasse abdicar dos meus princípios e ideais. No entanto para algumas pessoas é quase razão para uma demissão…Pois é, há pessoas assim por aí, eu já tive o desprazer de conhecer algumas. O que me faz pensar que isto é bem mais comum do que à partida imaginaria. E não é preciso estoirar os miolos de pensar para facilmente perceber porque é Portugal este últimos anos sofreu literalmente uma incursão de imigrantes de nacionalidades várias: brasileira, ucraniana, indiana, chinesa, etc. Os Portugueses querem ser todos chefes, não há ninguém para os trabalhos da base da pirâmide, e não me refiro apenas à construção civil, mas a todos os sectores. O dito estatuto não lhes permite sujar as mãos. Ninguém quer os trabalhos considerados menores.

Para mim um engenheiro ainda continua a ser aquele que anda de fato e gravata para as reuniões e fato-macaco para trabalhar.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

se a vida fosse fácil, não tinha piada nenhuma. Mas o melhor que temos a fazer com as situações mais complicadas é aprender com elas. A experiencia só trás sabedoria se servir para aprendermos alguma coisa e daí soubermos evoluir, porque a experiencia só para acomulação ou mecanização de atitudes ou métodos de pouco serve. Quanto às relações humanas, principalmente no local de trabalho, nunca são fáceis. O choque entre personalidades, experiencia, conhecimento e modos de trabalhar é sempre complicado. Mas, se soubermos compreender as pessoas e perceber como elas funcionam, muito mais fácilmente arranjamos maneira de lhes dar a volta e de os por a trabalhar para nós e como nós queremos. Claro que nem sempre se consegue ou deve evitar o confronto, mas há que ter inteligencia para tratar os assuntos ao nível que merecem ser tratados, sem termos de descer ao nível deles, nem ter de mostrar prepotencia. Ás vezes, em situações mais chatas vale a pena deixar passar um tempinho e não reagir de cabeça quente. O estatuto de cada um é-lhe atribuidos pelo outros. Se deres muita importância ou te incomodar demais essas pessoas vão perceber e isso sim vai-lhes engrandecer o ego ainda mais....Tem uma vida grandiosa

sábado, fevereiro 18, 2006  
Blogger Ana Paula said...

Obrigado pela contribuição...

:)

sábado, fevereiro 18, 2006  

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